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sábado, 27 de março de 2010

25 - PESCABRAL PARTICIPA DO I ENCONTRO AMBIENTAL DO ASSENTAMENTO FINAL FELIZ - JOAQUIM FELÍCIO MG

A gerência do PESCABRAL a convite da Prefeitura Municipal de Joaquim Felício e do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) palestrou sobre a Criação do PESCABRAL e implicações para a área do entorno e também sobre Prevenção e combate a incêndio florestais.

A palestra foi dada para um público de 300 assentados entre os dias 17 a 19 de março de 2010. A receptividade foi excepcional e o público interagil bastante com a gerência com perguntas e intervenções muito pertinentes.

Veja abaixo algumas fotos do evento e na área de fotos temos mais imagens adicionais.

Da mesma forma agradecemos a Prefeitura de Joaquim Felício, ao INCRA pela oportunidade de levar informações corretas a população do Assentamento Final Feliz e aos assentados agradecemos pela receptividade e carinho com o que fomos recebidos.



sexta-feira, 26 de março de 2010

24 - MAPA DE PROPOSIÇÃO DE AMPLIAÇÃO DO PESCABRAL

Prezados,

conforme combinado na reunião do dia 25 de março coloco aqui a disposição dos interessados o mapa preliminar da proposição de ampliação do PESCABRAL.

Declaro e atesto que este mapa não é final e esta sendo usado como um norteador a futura ampliação.

Os interessados no arquivo em formato  Google Earth* (kmz) deverão enviar um e-mail para andre.campos@meioambiente.mg.gov.br.

PS: A gerência optou pela mudança de formato pelo fato do arquivo do Google Earth* ser um arquivo fechado, ou seja, não é permitida a modificação.

* Google Earth é um programa pertencente a Google Inc. 


terça-feira, 23 de março de 2010

23 - CONHEÇA ESTE PARCEIRO - MONUMENTO NATURAL ESTADUAL PETER LUND

A Gruta do Maquiné está contida no Monumento Natural Estadual Peter Lund - Cordisburgo / MG.

Para maiores informações sobre visitação e outros  com o gerente Mario Lúcio de Oliveira, e-mail: mario.oliveira@meioambiente.mg.gov.br .



22 - CONHEÇA ESTE PARCEIRO - PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS

segunda-feira, 15 de março de 2010

21 - Zoneamento Ecológico Econômico do PESCABRAL

O Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais – ZEE-MG é uma das ações implementadas pelo Governo de Minas Gerais, na esfera do Projeto Estruturador PE17 - Gestão Ambiental Século XXI - Ação P322 - (Gestão 2003-2006), sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e participação de todas as Secretarias de Estado de Minas, de outras entidades e da sociedade civil.

Consiste na elaboração de um diagnóstico dos meios geo-biofísico e sócio-econômico-jurídico-institucional, gerando respectivamente duas cartas principais, a carta de Vulnerabilidade Ambiental e a Carta de Potencialidade Social, que sobrepostas irão conceber áreas com características próprias, determinando o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado.

Além de compor uma grande base organizada e integrada de informações oficiais, esta ferramenta, sem caráter limitador, impositivo ou arbitrário, apoiará a gestão territorial fornecendo subsídios técnicos à definição de áreas prioritárias para a proteção e conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento, segundo critérios de sustentabilidade econômica, social, ecológica e ambiental.

O ZEE/MG será de grande importância no planejamento e elaboração das políticas públicas e das ações em meio ambiente, orientando o governo e a sociedade civil na elaboração dos seus programas e em seus investimentos. Estes, aos serem planejados e implementados respeitando-se as características de cada zona de desenvolvimento, irão promover com maior acertividade a melhoria na qualidade dos serviços prestados e na qualidade de vida de toda a população de Minas Gerais.

ZEE da área do PESCABRAL

As diretrizes do Zoneamento Ecológico-Econômico procuram seguir esta perspectiva holística, articulando duas categorias conceituais abrangentes, a ecológica e a econômica, a partir de diagnósticos específicos que procuram identificar a Vulnerabilidade Natural e a Potencialidade Social de municípios e microrregiões do estado de Minas Gerais.

Uso de mapas de qualidade ambiental em zoneamentos tende a gerar situações indesejáveis, direcionando as atividades humanas para áreas ambientalmente bem preservadas. De acordo com a metodologia do Ministério do Meio Ambiente, o Zoneamento Ecológico-Econômico é o produto da integração da potencialidade social, que indica a possibilidade de um município em gerar desenvolvimento econômico, com a vulnerabilidade natural que indica a fragilidade de um ecossistema.

Com base no Índice Ecológico-Econômico e em informações sobre programas e iniciativas governamentais de delimitação de áreas institucionais, as zonas apresentadas na acima foram definidas da seguinte maneira:

Zona de desenvolvimento 1: Esta zona é formada pela classe AA do Índice Ecológico-Econômico- IEE. São áreas de elevado potencial social que pressupõem condições de gerenciar empreendimentos de maior porte e causadores de maiores impactos sócio-ambientais. São caracterizadas por possuírem capacidades nos níveis estratégico, tático e operacional e de serem facilmente estimuladas para alavancar o desenvolvimento sustentável local. Nessa zona, os locais são menos vulneráveis ambientalmente, os empreendedores têm melhores condições para implantar ações preventivas e mitigadoras de impactos.
Zona de desenvolvimento 2: Esta zona é formada pela classe AB do IEE. São áreas de elevado potencial social que pressupõem condições de gerenciar empreendimentos de maior porte e causadores de maiores impactos sócio-ambientais. São caracterizadas por possuírem capacidades nos níveis estratégico, tático e operacional e de serem facilmente estimuladas para alavancar o desenvolvimento sustentável local. Nessa zona, os locais são mais vulneráveis ambientalmente, e os empreendedores devem procurar estabelecer maior gama de ações preventivas e mitigadoras de impactos.
Zona de desenvolvimento 3: Esta zona é formada pela classe BA do IEE. São áreas de potencial social intermediário e baixa vulnerabilidade natural que demandam ações que incentivem o desenvolvimento, considerando que o meio ambiente tem maior poder de resiliência, aumentando a efetividade das ações mitigadoras.
Zona de desenvolvimento 4: Esta zona é formada pela classe CA do IEE. São áreas de baixo potencial social e baixa vulnerabilidade natural, dependentes de assistência direta e constante do governo do estado ou do governo federal em áreas básicas de desenvolvimento, levando em conta que o meio natural fornece condições propícias para este desenvolvimento.
Zona de desenvolvimento especial 5: Esta zona é formada pela classe BB do IEE. São áreas de potencial social intermediário e alta vulnerabilidade natural que demandam ações que incentivem o desenvolvimento, considerando que o meio ambiente tem baixo poder de resiliência, diminuindo a efetividade ou inviabilizando ações mitigadoras.
Zona de desenvolvimento especial 6: Esta zona é formada pela classe CB do IEE. São áreas de baixo potencial social e alta vulnerabilidade natural, dependentes de assistência direta e constante do governo do estado ou do governo federal em áreas básicas de desenvolvimento, levando em conta que o meio natural é um elemento limitante.

Após definir a vulnerabilidade para cada fator condicionante, essas foram superpostas com um mesmo peso de ponderação, afim de gerar a carta síntese de vulnerabilidade natural.

O diagnóstico do meio biótico e abiótico do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais está contido no Banco de Dados Digital, e representa a situação atual de cada célula cartográfica (pixel) de 270 x 270m, podendo pois fornecer detalhadamento a nível municipal.

Assim, as classes que definem a vulnerabilidade da carta síntese ou de cada fator condicionante estão organizadas da seguinte maneira:
Situação Atual das Áreas com Vulnerabilidade Natural Muito Alta: Nessa classe de vulnerabilidade, as áreas apresentam sérias restrições quanto à utilização dos recursos naturais, pelo fato de que os mesmos encontram-se altamente vulneráveis às ações antrópicas. Uma combinação de fatores condicionantes determina esse nível de vulnerabilidade natural demandando avaliações cuidadosas para implantação de qualquer empreendimento. As estratégias de desenvolvimento dessas áreas devem apontar para ações que não causem impactos ambientais.
Situação Atual das Áreas com Vulnerabilidade Natural Alta: Nessa classe de vulnerabilidade, as áreas apresentam restrições consideráveis quanto à utilização dos recursos naturais, pelo fato de que os mesmos encontram-se menos vulneráveis às ações antrópicas do que na classe anterior. Uma combinação de fatores condicionantes determina esse nível de vulnerabilidade natural demandando avaliações cuidadosas para implantação de qualquer empreendimento. As estratégias de desenvolvimento dessas áreas devem apontar para ações que causem o menor impacto possível.
Situação Atual das Áreas com Vulnerabilidade Natural Média: Nessa classe de vulnerabilidade, as áreas apresentam restrições moderadas quanto à utilização dos recursos naturais. Algum fator condicionante determina esse nível de vulnerabilidade, porém, os demais apresentam pouca vulnerabilidade. As estratégias de desenvolvimento dessas áreas devem apontar para ações que não ofereçam danos potenciais ao fator limitante.
Situação Atual das Áreas com Vulnerabilidade Natural Baixa: Nessa classe de vulnerabilidade, as áreas apresentam baixas restrições quanto à utilização dos recursos naturais. Alguns fatores condicionantes determinam um nível médio de vulnerabilidade, porém, a maioria dos fatores apresenta baixa vulnerabilidade natural. As estratégias de desenvolvimento dessas áreas devem apontar para ações que ofereçam baixo impacto potencial aos fatores limitantes.
Situação Atual das Áreas com Vulnerabilidade Natural Muito Baixa: Nessa classe de vulnerabilidade, as áreas quase não apresentam restrições significativas quanto à utilização dos recursos naturais, pelo fato de que os mesmos se encontram atualmente já com elevado poder de resiliência. A combinação de fatores condicionantes determina esse nível de vulnerabilidade natural demandando preocupações menos severas para implantação de qualquer empreendimento. As estratégias de desenvolvimento dessas áreas podem apontar para ações que causem impactos ambientais menores.

ZEE de Buenópolis:
Zona Ecológica-econômica 6 - 147.041ha - 92%
Zona Ecológica-econômica 5 - 11.598,1ha - 8%
Zona Ecológica-econômica 2 - 1.526,07ha - aprox. 1%

Vulnerabilidade natural:
 Muito alta - 103.248ha - 65%
Alta - 44.972ha - 29%
Média - 11.824ha - 8%
Baixa - 22ha - aprox. 1%

Potencialidade social:
Precário - 158.732ha - 100%
Favorável - 934,11ha - aprox. 1%
Muito favorável - 412,31ha - aprox. 1%

ZEE de Joaquim Felício:
Zona Ecológica-econômica 6 - 47.577,6ha - 61%
Zona Ecológica-econômica 5 - 31.002,1ha - 40%
Zona Ecológica-econômica 2 - 180,24ha - aprox. 1%

Vulnerabilidade natural:
Média - 30.341ha - 39%
Alta - 25.260ha - 33%
 Muito alta - 22.577ha - 29%
Baixa - 598ha - aprox. 1%

Potencialidade social:
Precário - 78.212ha - 100%
Favorável - 330,68ha - aprox. 1%
Muito precario - 170,98ha - aprox. 1%

sábado, 13 de março de 2010

20 - Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço

Data de declaração pela UNESCO: Junho de 2005

Características: representa a faixa montanhosa mais extensa e contínua do Brasil. Estende-se como um corredor ecológico por cerca de 1.200 km na direção N-S desde o estado de Minas Gerais até os limites norte da Bahia com os estados de Pernambuco e Piauí. É fundamental na produção de água para as principais bacias hidrográficas brasileiras que drenam em direção ao Oceano Atlântico.

Superficie: 3.076.457,8 hectares.
Divisão administrativa: 55 municípios.
População: 643.000 pessoas.
Altitude: varia entre 1.000 e 1.500 metros, com picos de até 2.017 m.
Temperatura: nos meses mais frios varia de 13,5° e 15,5°C e nos meses mais quentes varia de 20° e 21° C.
Precipitação:A média anual varia de 1.450 mm a 1.800 mm/ano.
Biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.Vegetação predominante: Campos rupestres.
Zona núcleo: 15 unidades de proteção integral.
 

Funções das RB's
- Contribuir para conservação da biodiversidade, incluindo os ecossistemas, espécies e variedades, bem como as paisagens onde se inserem.
- Fomentar o desenvolvimento econômico que seja sustentável do ponto de vista sócio-cultural e ecológico.
- Criar condições logísticas para a efetivação de projetos demonstrativos, para a produção e difusão do conhecimento e para a educação ambiental, bem como para as pesquisas científicas e o monitoramento nos campos da conservação e do desenvolvimento sustentável.


Reservas da Biosfera (RB's)
Reservas da Biosfera são áreas de ecossistemas terrestres e/ou marinhos reconhecidas pelo programa MAB/UNESCO como importantes em nível mundial para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável e que devem servir como áreas prioritárias para experimentação e demonstração dessas práticas.

As Reservas da Biosfera são o principal instrumento do Programa MaB e compõe uma rede mundial de áreas voltadas a Pesquisa Cooperativa, a Conservação do Patrimônio Natural e Cultural e a Promoção do Desenvolvimento Sustentável.

Atualmente existem 553 Reservas da Biosfera, em cerca de 107 países do mundo e ainda que sejam declaradas pela UNESCO, as Reservas da Biosfera são propostas por iniciativa de cada país e cabe integralmente a este país sua administração, considerando-se os princípios do Programa MaB.

Click no link abaixo para acesso à lista completa de Reservas da Biosfera do Porgrama MaB- UNESCO:http://portal.unesco.org/science/en/ev.php-URL_ID=6943&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html


Unidades de Conservação integrantes da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço: Mapa atualizado pela PUC Minas - Projeto Rede Socioambiental da APA Sul



Tabela de Unidades de Conservação integrantes da RBSE

19 - JÁ QUISERAM MUDAR O NOME DA NOSSA SERRA

Memórias do districto diamantino da comarca do Sêrro Frio, Província de ... 

Por Joaquim Felício dos Santos

Link para o download do livro completo

Pags. 309 e 310

sexta-feira, 12 de março de 2010

18 - Importância Biológica

Como da primeira edição do Atlas, procurou-se dar ênfase à proteção de espécies ameaçadas, raras e endêmicas ao Estado, uma vez que a conservação de seus hábitats salvaguarda outras espécies e, inevitavelmente, contribui para a conservação dos ecossistemas (Glowka , 1996). Uma vez definidas como prioritárias, as áreas foram classificadas nas seguintes categorias de importância biológica: especial, extrema, muito alta, alta e potencial. Os critérios utilizados como base para essa classificação foram:

Importância biológica especial (em verde): áreas com ocorrência de espécie(s) restrita(s) à área e/ou ambiente(s) único(s) no Estado;
Importância biológica extrema (em vermelho): áreas com alta riqueza de espécies endêmicas, ameaçadas ou raras no Estado e/ou fenômeno biológico especial;
Importância biológica muito alta (em laranja): áreas com média riqueza de espécies endêmicas, ameaçadas ou raras no Estado e/ou que representem extensos remanescentes significativos, altamente ameaçados ou com alto grau de conservação;
Importância biológica alta (em amarelo): áreas com alta riqueza de espécies em geral, presença de espécies raras ou ameaçadas no Estado, e/ou que representem remanescente de vegetação significativo ou com alto grau de conectividade;
Importância biológica potencial (em branco): áreas insuficientemente conhecidas, mas com provável importância biológica, sendo, portanto, prioritárias para investigação científica.

17 - ATLAS BIODIVERSITAS - TEMA FLORA

As diferentes formas de relevo em Minas Gerais, somadas às de solo e clima,propiciaram paisagens muito variadas, recobertas por vegetações características, adaptadas a cada um dos inúmeros ambientes particulares inseridos no domínio de três biomas brasileiros: o Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga. É possível, assim, entender a ocorrência de vegetações distintas em ambientes semelhantes do ponto de vista topográfico e mas com características locais particulares (Martins, 2000).

Enquanto o domínio do Cerrado, localizado na porção centro-ocidental, ocupa cerca de 57% da extensão territorial do Estado, o domínio da Mata Atlântica, localizado na porção oriental, perfaz mais de 41% da área do Estado. O domínio da Caatinga, restrito ao norte do Estado, ocupa menos de 2% do território mineiro.

De modo geral, a paisagem transita para o cerrado ao sul e a oeste, para a região dos campos rupestres ao centro e para a floresta atlântica a leste, exibindo fases de transição de difícil caracterização, ou como manchas inclusas em outras formas de vegetação. As comunidades hidromórficas, como as veredas e os campos de várzeas, aparecem em menor escala, incluídos nos biomas.

Apesar do fortalecimento da consciência ecológica na sociedade e da existência de inúmeros instrumentos legais para a proteção de espécies e ecossistemas, a degradação da flora do Estado continua avançando de forma preocupante. A identificação de áreas e ações prioritárias para conservação da biodiversidade é fundamental para a elaboração de estratégias que permitam concentrar os esforços e recursos disponíveis, de modo a subsidiar as políticas de ordenamento territorial.

Nesse sentido, foram indicados os seis corredores, anteriormente relacionados, nos diferentes biomas do Estado, conectando unidades de conservação, áreas prioritárias de diferentes categorias de importância biológica e remanescentes de vegetação natural ainda pouco conhecidos. O estudo das variações florísticas e estruturais, através de esforços imediatos na realização de levantamentos detalhados da flora em conjunto com outros grupos taxonômicos, considerando também aspectos físicos sócio-econômicos, permitirá a identifição de fragmentos mais bem preservados e ordenará as ações para a instalação desses corredores. As principais ações recomendadas pelo grupo Flora, para a maioria das áreas prioritárias, foram a investigação científica, a criação de unidades de conservação e a promoção de conectividade entre fragmentos de vegetação natural. 



Justificativa para inclusão da área e Taxa de representativos da área:
Área altamente ameaçada pela plantação extensiva de Pinus e Eucalyptos, associada à intensiva extração de sempre-vivas. Presença de espécies endêmicas e muito suscetíveis à ação antrópica. Áreas úmidas representativas: rios e veredas. Uma das únicas áreas em que ocorrem associados campos rupestres e veredas. Justificamos a mudança de categoria pelo fato de existir espécies endêmicas altamente ameaçadas pelo impacto antrópico e por se constituir em uma importante disjunção a oeste do Espinhaço que contém informações significativas para estudos de biogeografia e evolução na Cadeia do Espinhaço. Trabalhos de genética de populações de plantas indicam que, mesmo nas espécies de mais ampla distribuição, há uma significativa diferenciação genética. - Actinocephalus cabralensis (endêmica) e várias espécies de Euriocaulaceae. Espécies de Dioscorea. Pilosocereus aurisetus (Lista vermelha MG).

Importância Biológica: Especial

16 - ATLAS BIODIVERSITAS - TEMA INVERTEBRADOS

Estima-se que no Brasil existam atualmente entre 107.000 e 145.000 espécies descritas de invertebrados, número que deve ser muito maior, uma vez que somente as borboletas, libélulas, opiliões e polvos podem ser considerados como razoavelmente bem conhecidos (Lewinsohn & Prado, 2002). Não se sabe exatamente o número de espécies de invertebrados que existe em Minas, mas há evidências de que seja muito alto, uma vez que este é o grupo taxonômico mais diverso entre os seres vivos. O fato de Minas Gerais se localizar em uma região geográfica que engloba parte dos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Caatinga explica a grande diversidade de sua fauna de invertebrados que, entretanto, é pouco estudada. Com efeito, ainda são poucas as informações existentes sobre a taxonomia, a extensão de ocorrências e o tamanho das populações da grande maioria dos invertebrados do Estado. Isso explica por que esse grupo, apesar do grande número de espécies, é pouco representado nas listas nacionais e estaduais de espécies ameaçadas de extinção. Assim, na lista estadual constam 31 espécies de invertebrados, o que representa apenas 18% da fauna ameaçada do Estado. Esses dados mostram a dificuldade de identificar áreas prioritárias para conservação de invertebrados em Minas Gerais, uma vez que os critérios mais importantes para isso são a riqueza de espécies e a presença de espécies ameaçadas de extinção, endêmicas ou raras. 

Para a definição das áreas prioritárias para conservação da fauna de invertebrados em Minas Gerais foi possível utilizar cinco grupos de insetos, a saber: borboletas, libélulas, abelhas, heterópteros aquáticos e coleópteros (Scarabaeidae, Dynastidae, Carabidae e Cholevidae), além de aracnídeos, onicóforos e anelídeos.

Apesar de os invertebrados terem contribuído significativamente para a escolha das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade em Minas Gerais, o grupo é ainda pouco estudado, tanto que 19 áreas foram classificadas como Potenciais e necessitam urgentemente de novas pesquisas.



Justificativa para inclusão da área e Taxa de representativos da área:
Acompanhar toda a faixa da Serra do Espinhaço - Presença de várias espécies de abelhas, borboletas e libélulas endêmicas e ameaçadas de extinção.

Importância Biológica: Especial

15 - ATLAS BIODIVERSITAS - TEMA RÉPTEIS E ANFIBIOS

A herpetofauna brasileira apresenta uma das maiores riquezas do mundo, com aproximadamente 750 espécies de anfíbios e 650 espécies de répteis. Abriga ainda várias espécies endêmicas, muitas da quais ameaçadas de extinção.

O estado de Minas Gerais pode ser considerado um dos mais privilegiados na composição de seus recursos naturais, pois tem áreas cobertas pelos biomas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Essa heterogeneidade se expressa em uma grande variedade de ambientes com diferentes formações vegetais, rochosas e sistemas hídricos. Tais características favorecem a ocorrência de uma alta diversidade de anfíbios e répteis, muitos dos quais extremamente especializados em relação aos ambientes onde ocorrem, resultando também em um grande número de espécies endêmicas. Apesar de toda a diversidade da herpetofauna do Estado, o conhecimento sobre ela é ainda insatisfatório quanto à composição de espécies como um todo. Além disso, é muito fragmentado devido aos diversos grupos que a compõem e aos diferentes níveis de conhecimento das várias regiões.

No que diz respeito aos anfíbios, os dados de hoje registram para o Estado aproximadamente 200 espécies entre anuros (sapos, rãs e pererecas) e cobras-cegas (anfíbios sem pernas), o que representa quase 1/3 das mais de 600 espécies existentes no Brasil. 

A nova avaliação das áreas prioritárias para a conservação da herpetofauna estadual indicou um total de 29 áreas: três de importância Extrema, quatro de importância Muito Alta, seis de importância Alta e dez áreas de Especial importância, além das seis áreas de importância Potencial. Chamam a atenção, por apresentarem endemismos restritos para a herpetofauna, as áreas da categoria de importância Extrema como as regiões serranas compreendidas no grande complexo do Espinhaço e outras serras isoladas, como a Serra da Canastra no bioma do Cerrado, e as serras integrantes do complexo da Mantiqueira, no bioma da Mata Atlântica. 


Justificativa para inclusão da área e Taxa de representativos da área:
Maciço isolado da Serra do Espinhaço e dela separado por cerrado de média altitude; a área abriga campos rupestres com pelo menos uma espécie endêmica (Phyllopezus) mas foi pouco estudado; abriga potencialmente elevada riqueza de anfíbios e répteis - Phyllopezus sp. n.

Importância Biológica: alta
 

14 - ATLAS DA BIODIVERSITAS - TEMA AVES


O fato de Minas Gerais se localizar em uma região geográfica que engloba parte dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga faz com que o Estado abrigue uma fauna de aves bastante rica e diversificada. De acordo com Sick (1997), quase metade das 1.678 espécies de aves brasileiras (n = 785) estão  registradas para Minas Gerais. Dessas, 54 espécies são endêmicas da Mata Atlântica, 20 são endêmicas do  Cerrado e 12 são endêmicas da Caatinga. Há ainda nove espécies típicas de montanhas do sudeste.

Apesar da alta riqueza, um grande número de espécies de aves (n=106) está sob algum tipo de ameaça de extinção no Estado. Do total de espécies encontradas em Minas Gerais, 64 estão globalmente ameaçadas (Collar et al., 1994), 41 fazem parte da lista de espécies ameaçadas do Brasil (MMA, 2003) e 83 fazem parte da lista de espécies ameaçadas do Estado (Minas Gerais, 1996). Há 23 espécies consideradas ameaçadas de extinção por Collar et al. (1994) ou ameaçadas de extinção no Brasil (MMA, 2003) que não pertencem à lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais. Dessas, 19 foram pouco registradas no Estado até o momento e apenas quatro possuem diversos registros. Dessas 23 espécies, cinco possuem registros antigos ou indefinidos, merecendo, portanto, uma reavaliação da sua ocorrência no Estado.

Para definir a importância biológica das áreas indicadas levou-se em consideração a variação do número de espécies endêmicas e ameaçadas entre os biomas. Esse número é maior na Mata Atlântica, intermediário no Cerrado e menor na Caatinga. Além disso, foram analisadas propostas de inclusão de novas áreas e foi revista a classificação das áreas já propostas para as quais se possuíam novas informações. 

Este grupo temático indicou 111 áreas prioritárias para conservação da avifauna: cinco foram incluídas na categoria de importância biológica Especial, 42 na de importância biológica Extrema, 17 na de importância biológica Muito Alta, 15 na de importância biológica Alta e 28 na de importância biológica Potencial. A diminuição do número de áreas prioritárias em relação ao documento anterior deveu-se principalmente ao refinameto da análise das áreas anteriormente propostas, com destaque para as áreas da categoria Potencial. Duas novas áreas especiais foram incorporadas à avaliação de 1998, as quais correspondem aos contrafortes da serra do Cabral e a parte norte da serra do Espinhaço. A classificação das áreas como de importância biológica Especial justificou-se pela presença de espécies de destribuição restrita (p.ex. a Asthenes luizae, na Serra do Cipó e Espinhaço Norte, assim como Augastes scutatus neste último, e a Phylloscartes roquettei, em Brejo do Amparo e Contrafortes da Serra do Cabral) e áreas com ambientes únicos (p.ex. o Jaíba). 


Justificativa para inclusão da área e Taxa de representativos da área:

Presença de espécies ameaçadas e/ou raras no Estado. Serra com características distintas ao menos geologicamente, da serra do Espinhaço, mais ou menos no mesmo eixo que esta. Potencial para presença de várias espécies. - Ara ararauna, Nonnula rubicula (confirmar).

 

quarta-feira, 10 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

12 - Novos cabralinos

Prezados,

envio fotos dos nossos novos achados. Ficamos muito felizes por saber que no Parque Estadual da Serra do Cabral ainda temos antas, onças pardas e tatus-canastra.