Estima-se que no Brasil existam atualmente entre 107.000 e 145.000 espécies descritas de invertebrados, número que deve ser muito maior, uma vez que somente as borboletas, libélulas, opiliões e polvos podem ser considerados como razoavelmente bem conhecidos (Lewinsohn & Prado, 2002). Não se sabe exatamente o número de espécies de invertebrados que existe em Minas, mas há evidências de que seja muito alto, uma vez que este é o grupo taxonômico mais diverso entre os seres vivos. O fato de Minas Gerais se localizar em uma região geográfica que engloba parte dos biomas do Cerrado, da Mata Atlântica e da Caatinga explica a grande diversidade de sua fauna de invertebrados que, entretanto, é pouco estudada. Com efeito, ainda são poucas as informações existentes sobre a taxonomia, a extensão de ocorrências e o tamanho das populações da grande maioria dos invertebrados do Estado. Isso explica por que esse grupo, apesar do grande número de espécies, é pouco representado nas listas nacionais e estaduais de espécies ameaçadas de extinção. Assim, na lista estadual constam 31 espécies de invertebrados, o que representa apenas 18% da fauna ameaçada do Estado. Esses dados mostram a dificuldade de identificar áreas prioritárias para conservação de invertebrados em Minas Gerais, uma vez que os critérios mais importantes para isso são a riqueza de espécies e a presença de espécies ameaçadas de extinção, endêmicas ou raras.
Para a definição das áreas prioritárias para conservação da fauna de invertebrados em Minas Gerais foi possível utilizar cinco grupos de insetos, a saber: borboletas, libélulas, abelhas, heterópteros aquáticos e coleópteros (Scarabaeidae, Dynastidae, Carabidae e Cholevidae), além de aracnídeos, onicóforos e anelídeos.
Apesar de os invertebrados terem contribuído significativamente para a escolha das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade em Minas Gerais, o grupo é ainda pouco estudado, tanto que 19 áreas foram classificadas como Potenciais e necessitam urgentemente de novas pesquisas.
Justificativa para inclusão da área e Taxa de representativos da área:
Acompanhar toda a faixa da Serra do Espinhaço - Presença de várias espécies de abelhas, borboletas e libélulas endêmicas e ameaçadas de extinção.
Importância Biológica: Especial
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