Com foco no período crítico de seca do
próximo ano, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentou, na tarde
da última sexta-feira (18), durante o Workshop Prevenção e Combate a
Incêndios Florestais, realizado no plenário do Conselho de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) o Plano de Ação para
Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2012. Os objetivos principais
do trabalho são reduzir o número de incêndios florestais nas Unidades
de Conservação (UCs) e dar respostas rápidas no combate às queimadas.
Durante o workshop promovido pela
Secretaria e voltado para os integrantes da Força Tarefa Previncêndio
(Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil),
Organizações Não-Governamentais (ONGs), Ministérios Públicos, entre
outros parceiros, foram apresentadas as ações que serão desenvolvidas no
próximo ano.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães, ressaltou a importância
de se envolver a sociedade civil nos trabalhos de prevenção e combate a
incêndios. “Temos que nos planejar, executar, mas precisamos de um
grupo da sociedade que nos acompanhe e cobre a execução das ações. Isso
dá transparência ao trabalho”, afirma.
De acordo com o secretário, a prevenção
aos incêndios florestais já começou. “Estamos em novembro e sabemos que
precisamos nos preparar para o período crítico do ano que vem. Temos que
estar preparados, com Força Tarefa equipada e treinada pois, não
importa se a área queimada será grande ou pequena. Qualquer ocorrência
representa uma perda enorme para nossa fauna e flora, bem como para
nossos recursos hídricos”, completa.
Rede
Segundo a subsecretária de Controle e
Fiscalização Ambiental Integrada, Marília Melo, a ideia é criar uma rede
bem engajada, formada por todos os integrantes e parceiros da Força
Tarefa Previncêndio. “Precisamos trabalhar juntos, fazendo um
planejamento maior, com a inserção de novos atores, a fim de garantir um
aprimoramento do trabalho. O Sistema Estadual de Meio Ambiente e a
Força Tarefa não vão conseguir sozinhos, alcançar esses objetivos”,
alerta.
Ela afirma que será estabelecido um
modelo matricial, coordenado pela Semad. “Nossa meta é criar uma gestão
compartilhada, com o envolvimento e inserção de diversos atores a fim de
descentralizar a execução das atividades da prevenção, controle e
combate a incêndios florestais. Para isso, o orçamento previsto para
2012 é de R$ 13 milhões”, informa.
O Plano
O Plano para Prevenção e Combate a
Incêndios Florestais 2012 consta de seis programas operacionais a serem
implementados no próximo ano que são: prevenção e controle, capacitação,
combate, infraestrutura e logística, comunicação, fiscalização e
investigação. Prevê, também, a execução de um plano estratégico de
abrangência em grandes áreas para ser executado com prazo superior a um
ano.
O programa de Prevenção se resume na
implementação de ações para reduzir as causas e os riscos de propagação
do fogo e diminuir a um mínimo as causas do fogo que encontrem no homem
seu principal fator. Consegue-se a redução das causas humanas por meio
de uso de técnicas, como construção de estradas, aceiros, divisão da
área em quadrantes, entre outras.
Já a capacitação deverá ser bem ampla,
com todos os envolvidos nos trabalhos de controle dos incêndios, sejam
os responsáveis pela elaboração e execução do plano de prevenção, sejam
os combatentes que atuam na linha de fogo.
Os planos e estratégias de combate são
estabelecidos em função do tamanho do incêndio e dos meios disponíveis.
No entanto, o objetivo maior desse programa é que os incêndios possam
ser controlados e dominados antes que atinjam grandes proporções.
Em relação à infraestrutura e logística,
sabemos que para um combate ser eficaz é necessário, acima de tudo, que
os brigadistas estejam bem treinados, equipados e que as condições de
trabalho sejam desejáveis.
O programa de comunicação visa à diminuição do tempo de resposta, que fica compreendido entre a detecção do fogo e o recebimento da informação pelo responsável pelo desencadeamento das ações de combate.
Já a fiscalização e a investigação precisam ser trabalhadas dentro do plano, pois a origem criminosa das ocorrências de queimadas cria frentes de incêndios muito amplas e difíceis de se combater em condições climatológicas favoráveis à sua propagação.
Clima favoreceu a propagação dos incêndios
O workshop Prevenção e Combate a Incêndios Florestais teve início na quinta-feira (17) no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No primeiro dia de atividades, a equipe da Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental da Semad detalhou a proposta do Plano de Ações para 2012 e incorporou ao documento as sugestões dos participantes que representavam instituições que integram a Força Tarefa Previncêndio.
O programa de comunicação visa à diminuição do tempo de resposta, que fica compreendido entre a detecção do fogo e o recebimento da informação pelo responsável pelo desencadeamento das ações de combate.
Já a fiscalização e a investigação precisam ser trabalhadas dentro do plano, pois a origem criminosa das ocorrências de queimadas cria frentes de incêndios muito amplas e difíceis de se combater em condições climatológicas favoráveis à sua propagação.
Clima favoreceu a propagação dos incêndios
O workshop Prevenção e Combate a Incêndios Florestais teve início na quinta-feira (17) no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No primeiro dia de atividades, a equipe da Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental da Semad detalhou a proposta do Plano de Ações para 2012 e incorporou ao documento as sugestões dos participantes que representavam instituições que integram a Força Tarefa Previncêndio.
A atividade teve a participação de um
novo parceiro no planejamento das ações em Minas Gerais em 2012. A
representante do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Anete
Fernandes, fez uma análise do clima no Estado nos últimos anos e
observou que a longa temporada sem chuvas no Estado em 2011 foi atípica.
“O período sem chuvas começou no início
de abril, quando o tradicional é que aconteça em maio e terminou
definitivamente apenas em novembro. O ano de 2010 apresentou uma
temporada tão intensa quanto este ano, mas que perdeu força já no final
de setembro, enquanto 2009 foi um ano atípico também, mas por sido
chuvoso”, completa.
Anete Fernandes ressalta que o período
seco mais longo dá mais condições para que o fogo se espalhe
rapidamente. “A perda de umidade do solo e da vegetação decorrente dos
dias consecutivos sem chuva são fatores que contribuem para o aumento da
intensidade dos incêndios florestais”, finaliza.
Balanço
Balanço divulgado pela Diretoria de
Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Semad revela que, entre
janeiro e outubro de 2011, 409 ocorrências de incêndio queimaram 40 mil
hectares (ha) na área interna das UCs e 18 mil ha no entorno das
unidades. Isso representa 1,5% do total de 2,7 milhões de ha de áreas
protegidas de Minas Gerais. Das 409 ocorrências, 247 foram em área
interna e 162 no entorno das unidades.
Em 2010, foram 36 mil ha queimados por
300 ocorrências, sendo 24 mil ha no interior das UCs e 12 mil ha no
entorno. Desde 2006, o pior balanço de queimadas registrado no Estado
foi em 2007, quando 62 mil ha de área interna e entorno das UCs foram
destruídos pelo fogo.
Ascom/ Sisema
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